A folha
Aquela folha de papel branco a me observar.
Bate o vento, a follha voa.
Pego a folha, a folha quieta.
Aquela folha de papel branco a me observar.
Aquela folha de papel branco a me observar.
Dobro a folha, a folha amassa.
Pego a folha, a folha quieta.
Aquela mesma folha de papel branco a me observar.
Aquela folha de papel branco a me observar.
Rasgo a folha, a folha estraga.
Pego a folha, a folha quieta.
Aquela folha de papel branco a me observar.
Escrevo meu nome na folha.
A folha não é mais a mesma.
A folha grita: “Socorro!”
E eu ali, pálida, a observar
Aquela folha que era de papel branco a me assustar.
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E assim me apego à minhas loucuras
ReplyDeleteA fim de delas escapar...
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ReplyDeleteBonito!
ReplyDeleteA folha como um "contra-espelho" do poeta... e o poeta como a imagem que não se projeta na folha, mas se transfere para ela, como a tinta que vaza da caneta e deixa de ser parte da mesma, como o lápis que mingua no atrito com o papel!
É isso que enxergo!
Bela poesia, Vanessa!